quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Açucar: Faz bem ou mal a Saúde?

do UNIVERSO ALIMENTAÇÃO




Consumir muito açucar faz o organismo produzir insulina em escesso, o que dá mais fome, além de vontade de comer cada vez mais doce. Além disso, provoca distúrbios metabólicos, pressão alta e diabetes. Trocando em miúdos: engorda mesmo e faz mal a saúde. Só para dar um exemplo, de 40 alimentos testados em um estudo, o açucar ficou entre os que causam mais reações alérgicas – inclusive na forma de acne e caspa.


O que é realmente necessário no açúcar é a glicose, ou seja, a menor partícula glicídica dos carboidratos. A glicose, por sua vez, é importante para o metabolismo, pois produz energia ao ser “queimada”. Embora se diga que “açúcar é energia”, sabemos bem que a citação é apenas modesta, pois, na verdade, deveríamos dizer que “açúcar é superabundância de energia química concentrada” e eaí o problema: açúcar é sempre excesso de energia, além das necessidades reais, e este excesso tende a depositar a exigir trabalho orgânico extra, a diminuir o tempo de vida, pois a célula só usa o que necessita, todo o resto passa a “estorvo” metabólico.





Entretanto, a diversidade de posicionamentos sobre a extensão dos efeitos no organismo humano em relação ao consumo de açúcar é grande. Cientistas americanos o consideram como um dos produtos responsáveis pelo aumento do colesterol e de doenças cardiovasculares. Médicos brasileiros, porém, não concordam totalmente com essa teoria e afirmam que o consumo de gordura é mais prejudicial que o de açúcar.


Segundo os especialistas, o açúcar estimula a produção de insulina, um hormônio liberado pelo pâncreas e que faz as células usarem a glicose como fonte de energia para as suas atividades. A grande quantidade de insulina impede o emagrecimento, independente do rigor da dieta e da freqüência dos exercícios físicos.


De acordo com nutricionistas americanos, os efeitos do açúcar são ainda mais profundos, chegando a afetar até mesmo a performance sexual, pois aumenta o desejo sexual da mulher e diminui a potência do homem, porque eleva a produção de estrogênio (grupo de hormônios sexuais femininos), e a atividade mental, em função da deficiência de ácido glutâmico no organismo.


O único ponto em que todos parecem concordar refere-se ao fato de que, para aquelas pessoas que precisam emagrecer e manter o nível aceitável de colesterol, é necessário, além de eliminar o açúcar da dieta, tomar outros cuidados, principalmente, em relação aos hábitos alimentares.





“Por causa da fartura de cana, a nossa culinária é mais adocicada do que deveria”, observa a nutricionista Raquel Botelho, professora da Universidade de Brasília. Goiabadas, marmeladas, bananadas e outras tantas delícias típicas não precisariam ser tão açucaradas, mas o paladar verde-amarelo moldou-se dessa maneira. Por isso mesmo, não há de causar estranheza a informação trazida por Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso): “Pesquisas sobre hábitos alimentares da população brasileira indicam que consumimos três vezes mais açúcar do que o recomendado”, revela.

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